Respeitantemente, “no creo en las brujas pero que las hay, las hay”.
Há alguns meses, o presidente assegurou ter visto fantasma no palácio. Talvez apenas se olhasse no espelho, numa antevisão apocalíptica do que viria em seguida.
O presidente, vaidoso da fama de negociador, se vangloriava das maiorias no Congresso e, no espelho de Narciso, antevia-se nos livros de história como o grande reformador de um Brasil que vem implorando pela salvação desde 1722, vem gritando pela salvação desde 1822 e vem lutando pela salvação desde 1922.
Há anos abortamos modernizações, dando um passo à frente e recuando dois. Num dia, somos a sexta, sétima economia do mundo, com um mercado interno pujante, noutro somos o fracasso à beira do precipício com Estados falidos e municípios insolventes.
Antes deste, presidentes já haviam enfrentado esqueletos no armário, golpes no escuro, nudez no sambódromo, cachaça no sítio, forças ocultas no vinho do porto, dragões da inflação. Presidente golpista, sem votos? Bobagem, quase metade dos presidentes brasileiros não foi eleita pelo povo. Do Planalto sairia imortal para a Academia Brasileira de Letras.
Agora, como presente de aniversário, ganha malotes da Carne Fraca que cheiram a carne podre. Político de negociação hábil, enquanto propunha reformas, é suspeito de estar a fazer negócios. De hábil negociador vê-se rotulado como astuto negociante. Refém do foro privilegiado, impopular, isolado, ouve apupos e panelas das ruas.
A cara classe política já não representa a política. Fechou-se no interesse dos ali babás, surda aos anseios, cegada pelas ambições escusas. A nação de novo à beira da bancarrota, o povo descrente, em meio ao caos político-econômico, espera o desenrolar das investigações.
Há vários Brasis e há diversos caminhos para o Brasil, na esperança – sempre ela – de que, lá no destino, os caminhos das divergências afinal se convirjam. É neste momento, neste tempo em que se tem opinião sobre tudo e certeza de nada, que se deve buscar a encruzilhada da convergência. Ali duas grandes estradas se abrem para a construção do futuro. São apenas duas e não se pode trilhar as duas. O país deverá escolher entre o crescimento e o atraso.
O presidente foi o primeiro a ver fantasma no Planalto. Brasileiro cordial, permite agora que todos os brasileiros experimentem a mesma visão.
Há alguns meses, o presidente assegurou ter visto fantasma no palácio. Talvez apenas se olhasse no espelho, numa antevisão apocalíptica do que viria em seguida.
O presidente, vaidoso da fama de negociador, se vangloriava das maiorias no Congresso e, no espelho de Narciso, antevia-se nos livros de história como o grande reformador de um Brasil que vem implorando pela salvação desde 1722, vem gritando pela salvação desde 1822 e vem lutando pela salvação desde 1922.
Antes deste, presidentes já haviam enfrentado esqueletos no armário, golpes no escuro, nudez no sambódromo, cachaça no sítio, forças ocultas no vinho do porto, dragões da inflação. Presidente golpista, sem votos? Bobagem, quase metade dos presidentes brasileiros não foi eleita pelo povo. Do Planalto sairia imortal para a Academia Brasileira de Letras.
Agora, como presente de aniversário, ganha malotes da Carne Fraca que cheiram a carne podre. Político de negociação hábil, enquanto propunha reformas, é suspeito de estar a fazer negócios. De hábil negociador vê-se rotulado como astuto negociante. Refém do foro privilegiado, impopular, isolado, ouve apupos e panelas das ruas.
A cara classe política já não representa a política. Fechou-se no interesse dos ali babás, surda aos anseios, cegada pelas ambições escusas. A nação de novo à beira da bancarrota, o povo descrente, em meio ao caos político-econômico, espera o desenrolar das investigações.
Há vários Brasis e há diversos caminhos para o Brasil, na esperança – sempre ela – de que, lá no destino, os caminhos das divergências afinal se convirjam. É neste momento, neste tempo em que se tem opinião sobre tudo e certeza de nada, que se deve buscar a encruzilhada da convergência. Ali duas grandes estradas se abrem para a construção do futuro. São apenas duas e não se pode trilhar as duas. O país deverá escolher entre o crescimento e o atraso.
O presidente foi o primeiro a ver fantasma no Planalto. Brasileiro cordial, permite agora que todos os brasileiros experimentem a mesma visão.
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