O saldo contábil do Fundo cresceu consideravelmente nos últimos anos. Para se ter ideia, em 2000 o saldo disponível e não aplicado atingiu apenas R$ 175,2 milhões. O Funpen foi instituído pela Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar recursos e meios para financiar e apoiar as atividades e programas de modernização e aprimoramento do Sistema Penitenciário Brasileiro. O Fundo é coordenado pelo Ministério da Justiça (MJ).
Quando considerado não apenas o que foi autorizado para o orçamento de 2016, mas também as atuais “disponibilidades” do Funpen, o saldo hoje contabilizado chega a R$ 3,3 bilhões. Do total, 67,8% possuem como origem 3% do montante arrecadado nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias da Caixa Econômica Federal. Atualmente, R$ 2,2 bilhões do montante contabilizado no Fundo são provenientes dessas fontes.
Para o Secretário-Geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, o principal problema do Funpen não é a falta de recursos. “Os 3% provenientes das loterias federais e os cinqüenta por cento do montante total das custas judiciais recolhidas em favor da União Federal, ingressam sistematicamente nos cofres públicos e são contabilizados no Funpen. No entanto, por questões fiscais a verba não é efetivamente destinada aos objetivos do Fundo. Os valores ficam bloqueados pela área econômica de forma a contribuir para minimizar o déficit fiscal. Esses recursos, caso fossem utilizados na sua finalidade legal resolveriam grande parte dos problemas que hoje enfrentamos no sistema penitenciário”, explica.
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