quinta-feira, 14 de julho de 2016

Por trás da sombra dos postes

Pode a muitos parecer trivial, sem lá qualquer importância, mas a nova ciclovia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, nem inaugurada, contar com quatro postes seguidos ocupando quase uma faixa inteira da pista destinada aos ciclistas não é coisa de amador. Nem muito menos o "conserto" de refazer a obra para desviar a pistas dos postes que estavam onde não deveriam estar.

A obra e o jeitinho da Prefeitura são dessas aberrações brasileiras do descaso com a população e com o dinheiro público. A colocação de postes onde não deveriam estar também não é caso recente nem muito menos descuido de empreiteira. É delito administrativo como inúmeros que diariamente são perpetrados por governos mais interessados no visual e no resultado eleitoreiro.

Governo sério põe os postes em local certo e há legislação até mesmo para sua instalação. Quando há "descuidos" como esse no Rio há que se penalizar os culpados. E incrícel, lá fora, é que são punidos. País que se deseja sério, principalmente governos e administradores, deve se dar o respeito às normas.

As anomalias de obras no Brasil é bem o reflexo do descaso com a coisa pública. Se foram postes mal instalados, amanhã serão hospitais sem condições, escolas de lata e em prédios inadequados, "postes" governamentais incapazes, como os de triste memória no Planalto e em São Paulo, e de cambulhada irá o país descendo a ladeira sempre pagando caro pelos "consertos". E há uma lista infindável de acertos caríssimos por fazer.

É bom prestar atenção nos postes. Se no passado muitos batiam, descuidados, com a cabeça no poste; hoje são os postes com que nos batem na cabeça.

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