O elo que nos une
Ainda que distantes geograficamente e, na mesma proporção, economicamente, Brasil e Grécia estão deixando suas populações em polvorosa. A homérica crise grega levou o país à decisão abissal: ou fica no mundo do euro, penando no Hades, ou sai e vai penar do mesmo jeito. O Brasil, em melhor posição, só tenta se equilibrar à beira do abismo. Tem logicamente saída: o povo pagando ainda por muito tempo a conta de administrações desastrosas. Coisa aí por dez anos ralando o couro para então começar a se acertar.
Desconfie de prazos menores, sem validade. Só a Petrobras não levanta da cova em que a colocaram por menos de cinco anos, ainda assim tendo que cortar na carne, literalmente e não metaforicamente como falou Dilma. As empreiteiras envolvidas na Lava-Jato talvez levarão mais tempo para se recuperarem e voltarem a ser as grandes empresas que eram. Só isso retarda muito a recuperação do país.
Além do sofrimento do povo que vai ter o couro arrancado por muito tempo, Brasil e Grécia têm algo em comum: a mentira. A desgraceira dos gregos arrancando os cabelos e os brasileiros se arrastando na tristeza são resultado de quanto os governos respectivos mentiram nas pedaladas, nas maquiagens contáveis, nas marolas e nas infindáveis armações para dar a seus povos a sensação de estabilidade econômica. Custou caro a manobra e agora chegou a conta para trabalhador (de verdade), aposentado, estudante, doente, e mesmo os pobres pagarem. Ficam isentos políticos, governantes, comissionados, juízes, agregados e todos que vivem pendurados no governo, que sempre prosperam mesmo na desgraça nacional.
Foi mentindo que se construiu o Brasil petista e a “construtora” PT está mando a conta para o contribuinte do desastre. Talvez seja um aprendizado para muitos de que acreditar na mentira, de mãos postas, tem preço. Os governos podem mentir como mentem a torto e a direito, mas devem ser rejeitados a cada mentira. Caso contrário, a conta é nossa, não deles.
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