"A dor é outra coisa, ela oprime, ela corrói, ela humilha, ela degrada. A dor degrada. Então, resistir é algo muito difícil"Dilma Rousseff
A presidente teve um rompante para uma frase lapidar. Foi na entrevista ao jornal "La Jornada", do México. A ex-guerrilheira e presa política filosofou como qualquer um dos milhões de brasileiros degradados pela dor. Todos sabem a degradação por que passam com a dor, principalmente essa provocada pela incúria do governo de Dilma.
Estão degradados os doentes nos hospitais da miserabilidade, entregues a uma caixa-preta de saúde pública; os velhos sem asilos e assistência em hora que mais precisam; as crianças sem pediatria dia e noite obrigadas a chorar de dor.
Estão degradados milhões de brasileiros vítimas de uma governança petista dos infernos, que frequenta casamentos dos poderosos, mas não atende à segurança, à saúde e à educação, no mínimo, como devia. Choram de dor os parentes de vítimas de acidentes de trânsito, da violência urbana e rural, das drogas.
Os degradados do país não precisam de frases lapidares, das lágrimas de crocodilo depois de se fartar com a carniça, ou da hipocrisia de algibeira. Precisam de governo voltado à assistência de suas necessidades, não de governos dedicados à picaretagem, à malandragem, à pirotecnia do marketing.
Precisamos urgentemente de políticas público-sociais que possam minorar a dor desse país, desmoralizado pelo assalto marginal e público, roubado de ânimo, com esperança assassinada pelos decretos, que assinam como dádivas lançadas à exaltação.
Dilma bem sabe que quando se sofre na mão dos carrascos ainda se tem, no fundinho, esperança de paz, mas quando se apanha na cara, sofre as dores psicológicas do trauma do roubo, do assalto, do assassinato, numa terra dita democrática, que esperança há de se ter? O consolo da frase presidencial, eivada de cretinice barata?
O país pode ter se livrado dos carrascos ditatoriais, mas ainda pululam por aí como vermes os carrascos da ideologia vesga, do proselitismo de fachada, do tudo pelo poder. E o brasileiro vai sentindo as dores de ser refém em plena democracia pelo governo que elegeu na esperança.
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